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27/06/2012 DISSERTAÇÃO PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO Área de Concentração: Sistema Urogenital "PROGRAMAÇÃO
METABÓLICA DO TESTÍCULO EM RATOS INJETADOS COM LEPTINA NOS
PRIMEIROS DIAS DE VIDA” DISSERTAÇÃO RESUMO A leptina tem um papel importante na regulação do sistema reprodutivo além de seu papel principal na regulação do massa corporal e ingestão alimentar. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da administração de leptina durante o período neonatal na função testicular da prole adulta. Vinte e quatro filhotes de 12 mães foram divididos em 2 grupos: Grupo leptina: injetados com 50 µL de leptina (80ng/gPC, subcutânea) nos primeiros 10 dias de vida e Grupo Controle: injetados com o mesmo volume de solução salina. Todos os animais foram sacrificados aos 90 dias de vida. Parâmetros analisados: consumo alimentar, massa corporal, crescimento linear, data de início da puberdade, perfil lipídico, níveis séricos de estradiol e testosterona, expressão gênica (PCR em tempo real) e expressão protéica (Western blot) de ObRa, OBRb, aromatase, AR, ER, morfometria testicular, número, morfologia e viabilidade de espermatozoides. Os dados foram expressos como média ± erro padrão. A significância estatística foi determinada pelo teste t de Student. A Injeção de leptina levou a uma redução (p=0,008) no consumo alimentar a partir do dia 26 ao 40 e do dia 70 em diante, enquanto que a massa corporal (p=0,03) e o crescimento linear (p=0,05) foram reduzidos do dia 26 até o dia 45. O massa da hipófise (p=0,0006), hipotálamo (p=0,01), próstata (p=0,003), testículo (p=0,008) e epidídimo (p=0,004) e bexiga (p=0,009) foram significativamente reduzidos pela injeção de leptina. A Injeção de leptina adiantou o início da puberdade (C=45,0 ± 0,3; L=41,6 ± 0,3; dias, P=0,0001). Em relação ao perfil lipídico, a administração de leptina gerou um aumento nos níveis séricos de TG (C= 116,5 ± 15,9; L=172,6 ± 19,7; ng/dL, P=0,05) e uma redução nos níveis de HDL (C=33 ± 1,5; L = 24 ± 3,5; ng/dL, P=0,02). Os níveis séricos de testosterona também foram reduzidos pela leptina (C=5,2 ± 1,0; L=1,1 ± 0,3; ng/mL, P=0,003). Todos os genes avaliados por PCR em tempo real mostraram um aumento na sua expressão: Obra (C=0,32 ± 0,04; L=0,69 ± 0,16; P=0,04), OBRb (C=0,37 ± 0,06; L=0,71 ± 0,16; P=0,03), AR (C=0,28 ± 0,02; L=0,71 ± 0,16; P=0,02), Aromatase (C=0,31 ± 0,04; L=0,53 ± 0,09; P=0,04), ER-?? (C=0,79 ± 0,03; L=0,93 ± 0,03; P=0,01), ER-?? (C=0,29 ± 0,03; L=0,73 ± 0,16; P= 0,02). Por outro lado, a expressão proteica de OBR (C=4,4 ± 0,29; L=6,6 ± 0,84; P=0,05), ER-?? (C=0,4 ± 0,02; L=0,6 ± 0,05; P=0,03) e aromatase (C=0,4 ± 0,03; L=0,5 ± 0,02; P=0,04) aumentaram, enquanto que a expressão proteica de AR (C=0,16 ± 0,01; L=0,09 ± 0,01; P=0,009) foi reduzida pela administração de leptina. A análise morfométrica mostrou que a leptina levou a um aumento da área total do túbulo seminífero (C=64,6 ± 3,1; L=56,1 ± 2,1;?m², P=0,01), aumento da área luminal (C=40,6 ± 2,3; L= 48,7 ± 0,9; ?m² P= 0,004) e na altura do epitélio (C=21,5 ± 1,2; L=24,6 ± 1,1; ?m, P=0,03), enquanto que o comprimento do túbulo seminífero foi reduzido no grupo tratado (C=2200 ± 350; L= 1100 ± 110;cm, P=0,006). A administração de leptina levou a um aumento no número total de espermatozoides (C=20x107 ± 2x107; L=30x107 ± 5x107;Cls/mL, P=0,009) e no número de anormalidades (C=40,6 ± 1,9; L=45,8 ± 1,2, P=0,049). Podemos concluir que a leptina tem um papel importante na morfologia e função testicular. A leptina parece ter efeito direto neste tecido uma vez que a expressão gênica e protéica de OBR, AR, ER e aromatase foram alterados pela administração da leptina. Palavras-chaves: Leptina. Testículo. Espermatozoide. Programação metabólica. AVALIADOR PRÉVIO: Profa. Dra. Tatiane da Silva Faria BANCA Presidente: Profa. Dra. Vanessa de Souza Mello Membros Titulares
Prof. Dr. Marcio Antonio Babinski Membros Suplentes
Profa. Dra. Tatiane da Silva Faria |