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Data: 11/07/2012
Local:
Auditório
Jayme Landmann
Horário - 15 h

DISSERTAÇÃO PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO

Área de Concentração: Sistema Urogenital

HENRIQUE LIMA GOMES

"BIOCOMPATIBILIDADE DO POLISSACARÍDEO CELULÓSICO SINTETIZADO POR ZOOGLOEA SP.: UM ESTUDO EM BEXIGAS DE COELHO"
Orientador: Prof. Dr. Luiz Eduardo Macedo Cardoso

DISSERTAÇÃO

RESUMO

INTRODUÇÃO: Atualmente, o material utilizado para o tratamento endoscópico é o Deflux, porém este é um material não-biológico. Sabe-se que a substância ideal deve ser atóxica, biocompatível, não-migratória, não-antigênica e deve causar o mínimo possível de inflamação no local do implante. A bactéria Zoogloea sp. produz um exopolissacarídeo celulósico (CEP) com baixa citotoxicidade e alto biocompatibilidade.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo é investigar, na bexiga de coelho, a biocompatibilidade de implantes de exopolissacarídeo de celulose, produzidos pela Zooglea sp. METODOLOGIA: Foram utilizados como modelo experimental, 20 coelhos adultos da raça Califórnia, com média de seis meses de idade. Os animais foram divididos em dois grupos, sendo o grupo G1, composto por animais mortos três dias após a aplicação do implante (n=9), e o grupo G2, composto por animais mortos três meses após a aplicação do implante (n=11). Cada animal recebeu, no total, quatro implantes, sendo dois de gel de biopolímero e dois de gel Deflux. Foram realizadas as técnicas imunohistoquímicas para marcação de colágeno tipos I e III, alfa-actina de músculo liso, PCNA e reação química TUNEL. RESULTADOS: Nas amostras de três dias, os implantes de CEP e deflux, eram estruturalmente homogêneos e livres de células inflamatórias ou vasos sanguíneos. Por outro lado, nas amostras de três meses, com exceção de algumas áreas, o CEP estava organizado como feixes curtos que eram sugestivos de um tecido fibroso. Apesar disso, o implante de CEP corou negativamente para colágenos tipos I e III, fibras elásticas, enquanto que o tricrômico de masson, não indicou a presença de colágeno. Em contraste as áreas de implante de deflux nas amostras de três meses estavam fragmentadas, mas ainda eram homogêneas, e ainda não havia nenhuma célula nem vaso sanguíneo em seu interior. As células positivas para PCNA podiam ser claramente percebidas dentro dessas ilhotas, dessa forma indicando um processo inflamatório–proliferativo, em curso. No grupo sacrificado aos três meses, os implantes de deflux ainda estavam negativos, mas em torno das áreas de CEP algumas células positivas para a técnica do TUNEL eram perceptíveis. Nos implantes de CEP de três meses, muitos vasos sanguíneos eram visualizados, e a sua densidade era de 23.86±5.48. A densidade de microvasos na lâmina própria (41.51±11.19) foi significativamente diferente (p<0.001) daquela no implante de CEP. CONCLUSÃO: Nossos resultados mostraram que o CEP possui pouca imunogenicidade e se integra melhor no tecido hospedeiro quando comparado ao deflux. Portanto o CEP deve ser um material eficiente em casos em que a incorporação ao tecido é desejada como por exemplo em estruturas de suporte na cirurgia de reconstrução.
Palavras-chaves: biopolímero, deflux, Zoogloea sp., exopolissacarídeo celulósico.

AVALIADOR PRÉVIO:

Prof. Dr. Waldemar Silva Costa

BANCA

Presidente: Prof. Dr . Waldemar Silva Costa

Membros Titulares

Profa. Dra. Ana Luiza Bastos
Profa. Dra. Bianca Martins Gregório
Prof. Dr. Waldemar Silva Costa

Membros Suplentes

Prof. Dr. Marcio Antônio Babinski
Prof. Dr. Diogo Benchimol de Souza