HOME // DEFESAS

 

Data: 17/07/2013
Local: Auditório Jayme Landmann, 6º andar - Prédio Américo Piquet Carneiro

Horário - 17 h

DISSERTAÇÃO PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO

Área de Concentração: Sistema Urogenital

CARINA TEIXEIRA RIBEIRO

 

"AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO COM RESVERATROL EM RATOS SUBMETIDOS À TORÇÃO TESTICULAR ANTES, DURANTE E APÓS A PUBERDADE"
Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Pereira Sampaio e Coorientador: Prof. Dr. Diogo Benchimol de Souza

DISSERTAÇÃO

RESUMO

A torção testicular (TT) é uma afecção de relativa frequência, alvo de muitos estudos clínicos e experimentais ao longo dos anos. Pode acometer qualquer idade, no entanto é mais incidente em pacientes com menos de 21 anos de idade. Sua distribuição ocorre em dois picos: um no período neonatal e outro ao redor dos 13 anos de idade. A taxa dessa morbidade em jovens com menos de 25 anos é na ordem de 1/4000. A TT resulta em rotação do cordão espermático, que gera um comprometimento do suprimento sanguíneo testicular, considerada uma urgência urológica. Depois da TT, a artéria testicular e o plexo pampiniforme sofrem oclusão, interrompem o suprimento arterial e a drenagem venosa do testículo, diminuindo o aporte de nutrientes e oxigênio aos tecidos e células, levando à isquemia testicular. Esta condição afeta a produção de espermatozóides do testículo torcido podendo comprometer a fertilidade do indivíduo. Este presente estudo avaliou a função reprodutiva, alguns parâmetros de espermatozóides e morfologia dos testículos de ratos adultos submetidos à torção testicular antes, durante e após a puberdade, e também o efeito do tratamento com resveratrol. Os testículos direitos dos ratos foram torcidos a 720º por quatro horas em todos os grupos, exceto no grupo controle. A TT foi realizada durante os períodos pré-púbere (4 semanas de idade), púbere (6 semanas de idade) e adulto jovem (9 semanas de idade). Para cada grupo, houve um outro grupo que os animais foram submetidos ao mesmo procedimento e foram tratados com resveratrol, 30 mg/kg resveratrol foi injetado por via intraperitonel, 30 minutos antes da destorção, seguido por gavage por 7 dias. Cada rato na idade adulta acasalou com três fêmeas adultas com 12 semanas de idade para avaliar alguns parâmetros de fertilidade. Todos os animais foram mortos com 14 semanas de idade e os testículos foram removidos para análise de concentração, motilidade e viabilidade dos espermatozóides de amostras colhidas da cauda dos epidídimos. Os parâmetros morfológicos foram avaliados por métodos estereológicos macro e microscópicos. A função reprodutiva dos animais nas diferentes idades não foi afetada pela TT, no entanto, após o tratamento os ratos operados com 4 e 6 semanas de idades tiveram maior potência e os ratos operados com 9 semanas de idade apresentaram maior taxa de fecundidade na idade adulta. Os parâmetros de espermatozóides dos testículos torcidos decresceram em todas as idades, e o resveratrol não foi efetivo, embora tenha recuperado a produção de espermatozóides no grupo que foi submetido à TT com 9 semanas de idade, em que todos os animais foram aspermatogênicos após a TT. Os parâmetros morfológicos foram afetados em todos os testículos torcidos em todas as idades. Alguns desses parâmetros melhoram após o tratamento com resveratrol, e o efeito adjuvante foi maior nos ratos submetidos à TT com 4 semanas de idade. Entretanto, o resveratrol recuperou o epitélio seminífero no grupo que sofreu TT com 9 semanas de idade, os quais não apresentaram nenhum epitélio após a TT. Não houve nenhum dano nos testículos contralaterais. O resveratrol promoveu efeito protetor para TT, principalmente quando os animais foram submetidos à TT em idade pré-púbere.
Palavras-chaves: Torção testicular. Função reprodutiva. Espermatozóides. Morfologia. Resveratrol

AVALIADOR PRÉVIO:

Prof. Dr. Waldemar Silva Costa

BANCA

Presidente: Prof. Dr. Waldemar Silva Costa

Membros Titulares

Prof. Dr. Jurandyr de A. Câmara Filho (UFF)
Prof. Dr. Hildebrando G. Benedicto (UFF)
Prof. Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)

Membros Suplentes

Prof. Dr. Marcelo Abidu de Figueiredo (UFRRJ)
Profa. Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)