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Data: 30/10/2013
Local: Auditório 477, 4º andar - Hospital Universitário Pedro Ernesto - HUPE

Horário - 16 h

DISSERTAÇÃO PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO

Área de Concentração: Técnica Operatória e Cirurgia Experimental

CAROLINA ZENDRON MACHADO RUDGE

"EXPRESSÃO DA LEPTINA E SEUS RECEPTORES NO OVÁRIO HUMANO NORMAL E NO ACOMETIDO POR ENDOMETRIOMA"
Orientador: Prof. Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira e Coorientador: Profa. Dra. Cristiane da Fonte Ramos

DISSERTAÇÃO

RESUMO

Este estudo foi realizado para investigar os níveis de leptina no fluido de endometriomas ovarianos e comparar a expressão de leptina e seus receptores no tecido ovariano afetado por endometrioma de mulheres inférteis com a sua expressão no tecido ovariano normal de controles férteis sem endometriose. Neste estudo observacional, o tecido ovariano , amostras de sangue e fluido peritoneal foram obtidas de 20 mulheres (10 controles férteis sem endometriose ou qualquer doença ovariana, que foram submetidos à cirurgia de laqueadura tubária e 10 mulheres inférteis com endometriose grave endometrioma ovariano). O fluido contido no endometrioma ovariano foi aspirado, e biópsias de implantes peritoneais foram realizadas. Os tecidos removidos durante as cirurgias foram imediatamente congelados em nitrogênio líquido para determinação da expressão proteica por western blot e níveis de leptina pelo ELISA. A expressão do receptor de leptina foi maior no tecido do ovariano afetado por endometrioma que no tecido de ovariano normal (controle= 0,38 ± 0,05, estudo= 0,60 ± 0,09, p= 0,03), mas não houve diferença significativa nos níveis de leptina entre estes grupos (controle= 0,1 ± 0,57, estudo= 0,1 ± 0,35, p= 0,18). Foram observadas correlações positivas e significativas entre a leptina e seu receptor no endometrioma ovariano (r = 0,85, p = 0,004) e em implantes peritoneais (r= 0,87, p= 0,001). Os resultados do ELISA demonstraram uma maior concentração de leptina no fluido endometrioma em comparação com a leptina sérica e no fluido peritoneal (soro= 8,4 ± 1,0, FP= 1,6 ± 0,5, FE= 73,8 ± 16,2, p= 0,0001), mas não houve correlação entre estas variáveis. Observou-se uma correlação positiva, significativa e forte entre os níveis de leptina no fluido peritoneal e a expressão de leptina e seu receptor em implantes peritoneais (leptina: r= 0,88, p= 0,0008; OBR: r= 0,96, p= 0,0001) e entre os níveis de leptina no fluido endometrioma e a expressão da leptina e seu receptor no endometrioma ovariano (leptina: r= 0,94, p= 0,001; OBR: r = 0,84, p= 0,02). Nossos resultados sugerem que a leptina pode desempenhar um papel importante na fisiopatologia do endometrioma ovariano por meio de uma interação moduladora com o seu receptor.

Palavras-chaves: Leptina. Receptor de leptina. Ovário. Endometrioma ovariano. Fluido endometrioma. Endometriose.

AVALIADOR PRÉVIO:

Profa. Dra. Bianca Martins Gregório

BANCA

Presidente: Prof. Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)

Membros Titulares

Profa. Dra. Leila Cristina Soares (UERJ)
Profa. Dra. Carla Braga Mano Gallo (UERJ)
Prof. Dr. José Carlos de Jesus Conceição (UFRJ)

Membros Suplentes

Prof. Dr.Luiz Augusto Henrique Melki (UERJ)
Profa. Dra. Ana Luiza Bastos (UFF)