Data:
18/12/2013
Local:
Auditório Jayme Landmann,
6º andar - Prédio Américo Piquet Carneiro
Horário - 13h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Sistema Urogenital
FERNANDA DA SILVEIRA CAVALCANTE
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"ADMINISTRAÇÃO
DE CAFEÍNA DURANTE A GESTAÇÃO PROMOVE EFEITOS ADVERSOS
NO TESTÍCULO DA PROLE DE CAMUNDONGOS C57/BL6”
Orientador: Profa. Dra. Cristiane da Fonte Ramos
TESE
RESUMO
Metabólitos
ativos da cafeína apresentam toxicidade, podendo causar efeitos
deletérios em muitos órgãos no período fetal
pelo consumo materno. Este estudo teve como objetivo avaliar o papel
da administração de cafeína durante a gravidez
em vários parâmetros importantes para a função
testicular em camundongos adultos C57BL / 6. Fêmeas grávidas
C57BL / 6 foram divididas em dois grupos (n = 10): grupo controle (C),
que receberam injeções apenas do veículo (salina
0,9% NaCl) e grupo cafeína (CF), nas quais foram realizadas diariamente
injeções subcutâneas de 20 mg / kg de cafeína
(1 mg / ml de solução salina). Os filhotes tiveram livre
acesso à ração padrão desde o desmame até
três meses de idade, quando foram mortos. O tratamento das progenitoras
com cafeína não produziu quaisquer sinais visíveis
de toxicidade materna. Na idade adulta grupo CF apresentou uma redução
no consumo alimentar (C = 4,3 6 ± 0,14; CF = 3,79 ± 0,05/g,
p<0,05) e ganho de massa corporal (C = 25,73 ± 0,14; CF =
21,08 ± 0,41/g, p=0,0001). Várias alterações
estruturais foram observadas nos testículos da prole, como redução
no peso relativo dos testículos/tíbia (C = 0,078 ±
0,003; CF = 0,063 ± 0,002/g, p=0,002), no diâmetro tubular
(C = 455,4 ± 2,7; CF = 393,5 ± 3,1/µm, p=0,0001),
lume tubular (C = 310,6 ± 2,5; CF = 254,8 ± 2,9/µm²,
p=0.0001) e na altura do epitélio seminífero (C = 144,8
± 0,9; CF = 138,7 ± 1,3/µm, p=0,0005. Os níveis
de testosterona no soro foram reduzidos (C = 6,6 ± 2,8; CF =
0,5 ± 0,2/ng/ml, p=0.04). Houve um aumento na expressão
protéica do receptor de leptina OBR (C = 0,81 ± 0,04;
CF = 1,28 ± 0,15/µg, p=0,01), receptor para o hormônio
leteinizante LHR (C = 0,92 ± 0,05; CF = 0,74 ± 0,05/µg,
p=0,01), aromatase (C = 0,32 ± 0,03; CF = 0,48 ± 0,05/µg,
p=0,03) e de reguladores pró apoptose BAX (C = 0,27 ±
0,02; CF = 0,42 ± 0,03/µg, p=0,01) enquanto o receptor
para hormônio folículo estimulante FSHR (C = 0,76 ±
0,06; CF = 0,56 ± 0,04/µg, p=0,02), receptor para proteína
reguladora da esteroidogênese STAR (C = 1,009 ± 0,065;
CF = 0,584 ± 0,060/µg, p=0,0007), proteína do fator
de crescimento vascular endotelial VEGF (C = 0,33 ± 0,08; CF
= 0,05 ± 0,01/µg, p=0,009) e receptor de androgênio
AR (C = 0,97 ± 0,11; CF = 0,59 ± 0,07/µg, p=0,02)
e antígeno nuclear de proliferação celular PCNA
(C = 0,93 ± 0,11; CF = 0,48 ± 0,07/µg, p=0,01) foram
reduzidos por tratamento com cafeína materna. Este estudo sugere
que o consumo de cafeína durante a gravidez parece ser nocivo
à fertilidade de animais machos, caracterizando o fenômeno
de programação, o que gera alterações funcionais
e estruturais do testículo da prole adulta.
Palavras-chave: Cafeína. Programação
fetal. Testículo. Nutrição.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Profa.
Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)
BANCA
Presidente:
Prof. Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)
Membros
Titulares:
Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)
Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)
Dra. Carla Braga Mano Gallo (UERJ)
Dra. Ana Luiza Bastos (UFF)
Dr. Marco Aurélio Pereira Sampaio (UFF)
Membros
Suplentes:
Dra. Fernanda Amorim de Moraes Nascimento (UNIRIO)
Dr. João Paulo de Carvalho (HFCF)
Dr. Mauricio Gonçalves Rubinstein (UNIRIO)