Data:
17/04/2013
Local:
Auditório Jayme Landmann,
6º andar - Prédio Américo Piquet Carneiro
Horário - 17 h
TESE PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Sistema Urogenital
LEILANE MARIA BARCELLOS NEPOMUCENO
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"EFEITO
RADIOPROTETOR DA L-GLUTAMINA NA PAREDE DA BEXIGA DE RATOS SUBMETIDOS
A IRRADIAÇÃO PÉLVICA"
Orientador: Prof. Dr. Francisco José Barcellos Sampaio
e Co-Orientador: Prof. Dr. Waldemar Silva Costa
TESE
RESUMO
Introdução:
A radioterapia é frequentemente utilizada no tratamento de tumores
da próstata, porém durante esse procedimento a bexiga
sadia usualmente sofre efeitos colaterais. Através do uso de
um modelo animal para irradiação pélvica, avaliamos
se a suplementação nutricional com L-glutamina poderia
prevenir possíveis danos na parede da bexiga, especialmente em
suas camadas mais superficiais. Métodos: Ratos Wistar adultos
machos com idade entre 3 e 4 meses foram separados em grupos de 8 animais:
grupo controle que não recebeu a irradiação; grupos
somente irradiados que foram mortos 7 (R7) e 15 dias (R15) após
a irradiação (dose única de 10 Gy na região
pélvico-abdominal); grupos irradiados e suplementados com L-glutamina
(0,65g/kg de peso por dia), que foram mortos 7 (RG7) ou 15 após
a irradiação. Células e vasos sanguíneos
da lâmina própria, bem como o urotélio, foram avaliados
com métodos histológicos. No urotélio foram feitas
análises da altura e densidade nuclear e na lâmina própria
densidade celular, densidade vascular e o número de mastócitos.
Resultados: Os resultados mostraram que em R7, a altura e densidade
nuclear do urotélio e a densidade celular da lâmina própria
não foram alterados significativamente. Entretanto a densidade
dos vasos sanguíneos foi reduzida em 48% (p<0,05) e essa alteração
foi evitada pela glutamina (p <0,02). No grupo R15, a densidade celular
do epitélio aumentou em 35% (p<0,02). A densidade celular
da lâmina própria não apresentou diferença
estatística entre os grupos. Os mastócitos na lâmina
própria foram reduzidos em R7 e R15. Apesar de ainda reduzidos
em RG7 em RG15 houve aumento no número desse tipo celular o que
sugere uma ação positiva da glutamina. Células
a-actina positivas na lâmina própria formam uma camada
suburotelial e foram identificadas como miofibroblastos. A espessura
dessa camada aumentou em R7, mas foi semelhante ao controle em RG7,
enquanto alterações em R15 e RG15 foram menos evidentes.
Conclusão: Esses resultados mostraram que a utilização
da L-glutamina antes e após a radioterapia deve ser considerada
para uso humano na proteção da bexiga contra os efeitos
da radiação.
Palavras-chaves: Bexiga urinária. Glutamina.
Miofibroblastos. Radioterapia.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Prof.
Dr. Waldemar Silva Costa
BANCA
Presidente:
Prof. Dr . Waldemar Silva Costa
Membros
Titulares
Prof.
Dr . Waldemar Silva Costa (UERJ)
Profa. Dra. Ana Luiza Bastos (UFF)
Prof. Dr. Marco Aurélio Pereira-Sampaio (UFF)
Prof. Dr. Maurício Alves Chagas (UFF)
Prof. Diogo Benchimol de Souza (UERJ)
Membros Suplentes
Prof.
Dr. Marcelo Abidu de Figueiredo (UFRRJ)
Profa. Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)
Profa. Dra. Carla Braga Mano Gallo (UERJ)