Data:
20/08/2014
Local:
Auditório Ney Palmeiro, Térreo do Hospital Universitário
Pedro Ernesto, HUPE
Horário - 16 h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Técnica
Operatória e Cirurgia Experimental
LINHA
DE PESQUISA: Estudo do comportamento muscular após gluteoplastias
"AVALIAÇÃO
ANATÔMICA E FISIOLÓGICA DO MÚSCULO GLÚTEO
MÁXIMO SUBMETIDO A GLUTEOPLASTIA DE AUMENTO COM IMPLANTES DE
SILICONE"
Orientador: Prof. Dr. Ruy Garcia Marques
TESE
RESUMO
A
operação para aumento de glúteos com implantes
teve início no fim da década de 1960, entretanto a técnica
intramuscular, considerada padrão atualmente, foi descrita cerca
de 30 anos depois. Cirurgiões e pacientes apresentam crescente
interesse na realização do aumento de glúteos haja
vista que sua frequência apresenta aumento nos últimos
anos. A utilização de implantes intramusculares que superam
o volume do músculo em mais de cinquenta por cento configura
uma situação nova que deve ser estudada. O tecido muscular
estriado esquelético apresenta grande suscetibilidade para atrofia
secundariamente à compressão, e sendo o glúteo
máximo um músculo importante na manutenção
da postura ereta, deambulação, corrida e salto, é
necessário pesquisar possíveis alterações
musculares decorrentes da operação. O objetivo deste estudo
é avaliar o volume e força do músculo glúteo
máximo ao longo de 12 meses após a introdução
de implantes intramusculares, o posicionamento destes implantes no interior
da musculatura e mudanças antropométricas obtidas com
a operação. Foram selecionadas 48 mulheres, 24 candidatas
a gluteoplastia de aumento com implantes compuseram o grupo de estudo
e 24 candidatas a mamoplastia de aumento compuseram o grupo controle
de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.
As pacientes foram avaliadas em quatro momentos diferentes, pré-operatório
e após três, seis e 12 meses da operação.
Em todas as etapas foi realizada avaliação clínica
nutricional, tomografia computadorizada com reconstrução
3D e teste isocinético. Todas as pacientes permaneceram afastadas
de atividades físicas durante três meses após a
operação. Foram utilizados implantes glúteos em
gel coesivo de base oval e superfície lisa com volumes de 350
cm3 e 400 cm3. O nível de significância estatística
foi mantido em 5%. As pacientes candidatas a gluteoplastia apresentaram
valores da relação entre as medidas da cintura e do quadril
maiores que aquelas do grupo controle. A operação de aumento
glúteo com implantes demonstrou eficácia na melhora desta
relação. Os implantes apresentaram posição
obliqua com inclinação semelhante à das fibras
musculares após três meses da operação, independente
da posição em que foram inseridos. As pacientes do grupo
de estudo apresentaram atrofia muscular após 12 meses em 6,14%
à esquerda e 6,43% à direita, as pacientes do grupo controle
não apresentaram atrofia. A força muscular apresentou
redução do valor de torque máximo durante a flexão
do quadril a 30 °/s em ambos os grupos e aumento do torque máximo
durante a adução a 60 °/s apenas no grupo de estudo.
Concluímos que a introdução de implante de silicone
no interior do músculo glúteo máximo causa atrofia
muscular após 12 meses. As variações na força
deste músculo nesse período não podem ser atribuídas
primariamente à operação ou à presença
dos implantes em seu interior. Os implantes permaneceram em posição
obliqua. O aumento de glúteos com implantes gera mudanças
antropométricas nas mulheres submetidas a esta operação.
Palavras-chaves: Prótese. Glúteo. Gluteoplastia
de aumento. Dinamometria isocinética.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Prof.
Dr. Luciano Alves Favorito (UERJ)
BANCA
Presidente:
Prof. Dr . Carlos Alberto Mandarim de Lacerda (UERJ)
Membros
Titulares:
Dr. Carlos Alberto Mandarim de Lacerda (UERJ)
Dr. Fábio Xerfan Nahas (UERJ)
Dr. Pedro Bins Ely (Santa Casa – Porto Alegre - RS)
Dr. João Medeiros Tavares Filho (UFRJ)
Dr. Luiz Cesar Boghossian (UFRJ)
Membros
Suplentes:
Dr. Marcos Bettini Pitombo (UERJ)
Dr. José Eduardo Ferreira Manso (UFRJ)
Dr. Fábio Neves da Silva (Hospital de Ipanema - RJ)