Data:
05/08/2015
Local: Anfiteatro 472 -
4 andar - Hospital Universitário Pedro Ernesto, HUPE - UERJ
Horário: 16h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Técnica Operatória e Cirurgia
Experimental
LINHA
DE PESQUISA:
ANÁLISE
MORFOLÓGICA, FUNCIONAL, ESTRUTURAL E ESTÉTICA, EM HUMANOS
E EM ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO, SUBMETIDOS A IMPLANTE
DE PRÓTESES DE DIFERENTES TIPOS E A CIRURGIAS REPARADORES
"AVALIAÇÃO
DOS EFEITOS DO IMPLANTE DE SILICONE SOBRE O PARÊNQUIMA MAMÁRIO
E A MUSCULATURA PEITORAL MAIOR"
Orientador: Prof. Dr. Ruy Garcia Marques e
Coorientador: Prof. Dr. Fábio Xerfan Nahas
TESE
ARTIGO
RESUMO
A
mamoplastia de aumento está associada a alto grau de satisfação
e significativa melhora da qualidade de vida das pacientes. Apesar disso,
uma das principais causas de reoperação após esse
procedimento se refere a deformidades de contorno e questões
volumétricas. Ainda existem poucos dados objetivos para análise
volumétrica pós-operatória da mamoplastia de aumento.
O parênquima mamário sofre alterações microvasculares
quando sob compressão mecânica, porém o tecido muscular
é mais suscetível à lesão quando submetido
a pressão do que outros tecidos, tendo pouca tolerância
à compressão mecânica. O objetivo deste estudo é
avaliar e comparar as alterações no parênquima mamário
na mamoplastia de aumento subglandular e submuscular, além de
avaliar as alterações volumétricas e funcionais
da musculatura peitoral após a inserção de implantes
no plano submuscular. Cinquenta e oito pacientes do sexo feminino foram
randomizadas em dois grupos de estudo, com 24 pacientes cada, e um grupo
controle com dez pacientes, de acordo com critérios de inclusão
e não inclusão. Das pacientes do grupo de estudo, 24 foram
submetidas à mamoplastia de aumento com inserção
de implantes no plano suglandular e 24 foram submetidas ao procedimento
no plano submuscular. As pacientes do grupo subglandular realizaram
análise volumétrica da glândula mamária e
as pacientes dos grupos submuscular e controle, além da volumetria
mamária, também realizaram volumetria do músculo
peitoral maior. A avaliação volumétrica foi realizada
no pré-operatório e no pós-operatório, aos
seis e 12 meses, por meio de ressonância magnética. Apenas
as pacientes do grupo submuscular foram submetidas à avaliação
da força muscular, com a utilização de teste isocinético,
no pré-operatório e no pós-operatório, aos
três, seis e 12 meses. Todas as pacientes estavam sob uso de anticoncepcional
oral de baixa dosagem e as pacientes do grupo submuscular permaneceram
afastadas de atividades físicas por um período de dois
meses no pós-operatório. O grupo subglandular apresentou
22,8% de atrofia da glândula mamária ao final dos 12 meses,
enquanto que o grupo submuscular não apresentou atrofia glandular
ao final de um ano. O grupo submuscular apresentou atrofia muscular
de 49,80% e redução da força muscular em adução
após um ano de estudo. Não se observou correlação
da forca muscular com a perda volumétrica, assim como não
se observou alteração de forca em abdução.
Concluímos que a mamoplastia de aumento suglandular causa atrofia
do parênquima mamário, enquanto que o procedimento submuscular
não causa esta alteração no parênquima mamário
após o período de 12 meses pós-operatórios.
Em contrapartida, a mamoplastia de aumento submuscular causa atrofia
do músculo peitoral maior com diminuição da força
muscular em adução após 12 meses de pós-operatório,
sem correlação com a alteração de volume
muscular.
Palavras-chaves: Prótese. Prótese de
mama. Mamoplastia de aumento. Dinamometria isocinética. Peitoral
Maior.
AVALIADOR
PRÉVIO
Dr. Fernando Serra Guimarães (UERJ)
BANCA
Presidente
Dr. José Horácio Costa Aboudib – UERJ
Membros
Titulares
Dr.
José Horácio Costa Aboudib – UERJ
Dra. Maria Lídia de Abreu Silva – UERJ
Dr. José Humberto de Oliveira Campos – EBMSP
Dr. Rolf Gemperli – USP
Dr. Roberto Sebastiá Peixoto – UFF
Membros
Suplentes
Dr. Fernando Serra Guimarães (UERJ)
Dr. Fábio Neves da Silva (Hospital de Ipanema)
Dra. Silvia Falcão de Oliveira (IML)