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Data: 15/07/2015
Local: Anfiteatro 472
- 4 andar - Hospital Universitário Pedro Ernesto, HUPE - UERJ
Horário: 16h

DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO

Área de Concentração: Sistema Urogenital

Linha de Pesquisa: ANÁLISE ESTRUTURAL, ULTRA-ESTRUTURAL E MOLECULAR DA PRÓSTATA NORMAL E COM HIPERPLASIA BENIGNA, E NO CÂNCER DE PRÓSTATA EM HUMANOS E ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO

BRUNO LEONARDO MARROIG DE FREITAS RIBEIRO

e-mail: marroig@centroin.com.br

"ESTUDO EXPERIMENTAL DA ANATOMIA DO POLO INFERIOR DO RIM APLICADA À URETEROSCOPIA FLEXÍVEL EM MOLDES TRIDIMENSIONAIS DO RIM HUMANO E EM PIELOGRAFIAS RETRÓGRADAS"

Orientador: Prof. Dr. Luciano Alves Favorito

TESE

ARTIGO

RESUMO

A anatomia espacial dos cálices renais do polo inferior é descrita como fator que influencia a taxa de sucesso da ureteroscopia flexível (URF). O objetivo deste estudo é analisar a anatomia do sistema coletor do polo inferior em moldes de rim humanos e em pielografias retrógradas e avaliar quais os fatores anatômicos têm influência no acesso aos cálices durante a ureteroscopia flexível. Uma vez que a prática se faz necessária para o desenvolvimento de habilidade do cirurgião, nós construímos contramoldes cavitários de silicone, à partir de moldes de resina do sistema coletor, para que estes pudessem ser utilizados em programas de treinamento cirúrgico. Foram analisados 170 moldes tridimensionais de resina de poliéster do sistema coletor do rim, obtidos de 85 cadáveres adultos. Os ureteres foram dissecados e uma resina de poliéster amarela foi injetada no ureter para o preenchimento do sistema coletor do rim. Nós dividimos os moldes em quatro grupos: A1 – Região mesorrenal drenada por cálices menores dependentes do polo superior ou inferior; A2 – Região mesorrenal drenada por cálices menores cruzados, um drenando para o polo superior e outro para o polo inferior; B1 – Região mesorrenal drenada por um grupo de cálices maiores independentes dos polos superior e inferior; e B2 – Região mesorrenal drenada por cálices menores entrando diretamente na pelve renal. Foram estudadas a frequência de cada tipo de sistema coletor, o número e a orientação espacial dos cálices menores, o ângulo entre o infundíbulo inferior e pelve renal (AIP), o ângulo entre o infundíbulo inferior e os cálices menores inferiores (AIC), a largura e o comprimento do infundíbulo inferior e a frequência de cálices perpendiculares. Foram estudados também 51 pielografias retrógradas intra-operatórias de pacientes submetidos a cirurgia para tratamento de cálculo no polo inferior do rim. Analisou-se a frequência de cada tipo de sistema coletor, AIP, AIC e o acesso do ureteroscópio flexível aos cálices renais inferiores. As médias foram comparadas através de ANOVA e o teste t (p <0,05). Também estudamos 32 moldes tridimensionais do sistema coletor para a confecção dos modelos para treinamento de ureteroscopia flexível. Nós encontramos 57 moldes (33,53%) do grupo A1; 23 (13,53%) do grupo A2; 59 (34,71%) do grupo B1; e 31 (18,23%) do grupo B2. O polo inferior era drenado por 4 ou mais cálices em 84 casos (49,41%), distribuídos entre os grupos, como se segue: A1=35 casos (41,67%); A2=18 (21,43%); B1=22 (26,19%); e B2=9 (10,71%). Cálices perpendiculares foram observados em 15 casos (8,82%). Não observamos diferença estatística entre os AIC nos grupos estudados. Na análise das pielografias, nós encontramos 14 rins do grupo A1 (27,45%); 4 do grupo A2 (7,84%); 17 do grupo B1 (33,33%) and 16 pertencentes ao grupo B2 (31,37%). Quanto à medida dos AIP nós observamos que estes eram >90° em 31 rins (60,78%) e entre 61° e 90° em 20 rins (39,22%). Nós não encontramos ângulos menores do que 60°. O grupo A1 apresentou um total de 48 cálices menores (Cam) e conseguiu-se o acesso do ureteroscópio flexível (UF) em 42 cálices (87,5%); o grupo A2 tinha 11 Cam e o UF conseguiu acessar 7 (63,64%); o grupo B1 tinha 48 Cam e obteve-se o acesso do UF em 41 (85,42%); e no grupo B2 nós observamos 41 Cam e o UF pôde acessar 35 cálices (85,36%). Não houve diferença estatística na acessibilidade do UF entre os grupos estudados (p=0,2610). Os sistemas coletores com a região mesorrenal drenada por cálices cruzados (tipo A2) apresentaram um menor índice de acessibilidade durante a ureteroscopia flexível. Os parâmetros anatômicos analisados nos moldes tridimensionais e comparados às pielografias retrógradas mostram que o número e a orientação espacial dos cálices menores, o ângulo infundíbulo-caliceal e o comprimento infundibular podem ser considerados fatores anatômicos restritivos ao acesso do ureteroscópio aos cálices do polo renal inferior. A confecção de modelos experimentais para treinamento à partir de contramoldes de silicone se mostrou factível e permitiu com facilidade a introdução do aparelho de ureteroscopia flexível.
Palavras-chave: Molde. Sistema coletor. Rim. Pielografia retrógrada. Anatomia. Modelo experimental. Treinamento. Ureteroscópio flexível.

AVALIADOR PRÉVIO
Prof. Dr. Diogo Benchimol de Souza (UERJ)

BANCA

Presidente

Prof. Dr. Francisco José Barcellos Sampaio (UERJ)

Membros Titulares

Prof. Dr. Francisco José Barcellos Sampaio (UERJ)
Prof. Dr. José Fernando Cardona Zanier (UERJ)
Prof. Dr. Marco Antônio Quesada Ribeiro Fortes (Hospital Naval Marcílio Dias)
Prof. Dr. Marcelo Abidu Figueiredo (UFRRJ)
Prof. Dr. Alberto Schanaider (UFRJ)

Membros Suplentes

Prof. Dr. Diogo Benchimol de Souza (UERJ)
Prof. Dr. João Paulo Martins de Carvalho (Hospital Federal Cardoso Fontes)

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