Data:
16/12/2015
Local:
Auditório Jayme Landman, sexto andar do Edifício Américo
Piquet Carneiro, Faculdade de Ciências Médicas
Horário - 16 h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO
Área
de Concentração: Sistema Urogenital
LINHA
DE PESQUISA: ESTUDO
DA ANATOMIA INTRA-RENAL COM O USO DA TÉCNICA DE REPLEÇÃO-CORROSÃO
EM HUMANOS E ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO COMO MODELOS EM
UROLOGIA
"Anatomia
renal em ovinos: análise do sistema coletor e sua relação
com as artérias e veias intrarrenais em moldes de resina de poliéster"
Orientador:
Prof. Dr. Marco
Aurelio Pereira-Sampaio
DISSERTAÇÃO
RESUMO
Estudos
prévios demonstram que o rim suíno cicatriza após
a nefrectomia parcial sem a síntese do sistema coletor. Recentemente,
estudo em ovinos demonstra que o rim desse modelo, após a nefrectomia
parcial sem síntese, apresenta extravasamento urinário
e urinoma, o que sugere o ovino como modelo para cicatrização
do sistema coletor. O objetivo desse estudo é apresentar a anatomia
detalhada das artérias e veias intrarrenais e sua relação
com o sistema coletor no ovino. Oitenta e oito rins foram usados para
a produção dos moldes do sistema coletor com as artérias
ou veias intrarrenais. Não foram encontrados cálices em
nenhum molde. O sistema coletor mostrou somente a pelve renal com muitos
recessos que variaram de 11 a 19 (moda de 16). Somente uma artéria
renal foi observada em todos os casos. Os ramos dorsal e ventral foram
classificados em tipo I (mais frequente nas faces dorsal e ventral,
com ramos segmentares cranial e caudal), tipo II (ramos segmentares
cranial, médio e caudal) ou tipo III (ramos segmentares cranial,
médiocranial, médiocaudal e caudal). A frequência
para a divisão dorsal para o tipo I foi de 52,64%, para o tipo
II, 34,21% e de 13,16% para o tipo III. Para a divisão ventral,
55,26% para o tipo I, 31,59% do tipo II e 13,16% para o tipo III. O
pólo cranial foi suprido somente pelos ramos craniais das divisões
dorsal e ventral da artéria renal em 73,68% dos casos. O pólo
caudal foi vascularizado somente pelos ramos caudais das divisões
dorsal e ventral da artéria renal em todos os casos. O padrão
de segmentação do pólo caudal do rim ovino apoia
seu uso como modelo devido à similaridade com o humano. No entanto,
a falta de uma artéria retropiélica desencoraja o uso
do pólo cranial ovino em experimentos em que as artérias
sejam um fator importante a ser considerado. As veias intrarrenais apresentaram
anastomoses livres que ocorreram em 3 diferentes níveis, inclusive
ao entorno dos recessos, em forma de colares. A veia renal que drena
o rim do ovino foi formada por 2 troncos em 66,7% dos casos, 3 troncos
em 19,44% dos casos, 1 tronco em 11,08%, e em 2,78%, foi formada por
5 troncos. Em 23 (63,89%) moldes, a drenagem dos pólos cranial
e caudal em suas faces dorsal e ventral originaram-se de plexos venosos
formados na mesma superfície renal. Em 11 casos (30,55%), a drenagem
venosa relacionada aos pólos cranial e/ou caudal originou-se
somente de plexos venosos ventrais. O padrão tributário
das veias do rim ovino o apoia como modelo para procedimentos em que
a lesão venosa e suas consequências para o parênquima
sejam um fator importante, levando-se em consideração
que o ovino não possuí sistema pielocalicinal, como em
humanos.
Palavras-chaves: rim, ovino, artérias, veias,
modelo animal
AVALIADOR
PRÉVIO:
Dr.
Diogo Benchimol de Souza(UERJ)
BANCA
Presidente:
Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)
Membros
Titulares:
Dr. Marcelo Abidu Figueiredo (UFRRJ)
Dra. Bianca Martins Gregório (UERJ)
Dr. Bruno Félix Patrício (UFF)
Membros
Suplentes:
Dr.
Luciano Alves Favorito (UERJ)
Dra. Viviane Alexandre Nunes Degani (UFF)