Data:
14/12/2017
Local:
Auditório
Jayme Landmann - FCM
Horário: 16h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Sistema Urogenital
LINHA
DE PESQUISA: ESTUDO
DAS ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM RINS DE ANIMAIS
DE EXPERIMENTAÇÃO SUBMETIDOS A SITUAÇÕES
CLÍNICAS SIMULADAS EM UROLOGIA
“AVALIAÇÃO DA PERDA GLOMERULAR APÓS
ISQUEMIA QUENTE ARTERIOVENOSA, ARTERIAL OU SELETIVA NO MODELO SUÍNO”
Orientador:
Prof. Dr. Francisco J. B. Sampaio e Coorientador
Prof. Dr. Diogo Benchimol de Souza
RESUMO
A
incidência do carcinoma renal tem aumentado ao longo das duas
últimas décadas, especialmente nos casos em que a doença
encontra-se localizada. A nefrectomia parcial para o tratamento do carcinoma
de células renais (CCR) proporciona preservação
da função renal e resultados oncológicos comparáveis
ao da cirurgia radical. A cirurgia laparoscópica poupadora de
néfrons tem sido amplamente utilizada
para o tratamento do CCR com melhor recuperação cirúrgica.
A lesão parenquimatosa resultante da isquemia quente durante
a nefrectomia parcial laparoscópica ainda é a principal
preocupação durante o período perioperatório.
A influência da técnica de clampeamento vascular na função
renal permanece incerto. Embora estudos recentes demonstrem uma melhor
preservação da função após a oclusão
arterial seletiva quando comparada ao clampeamento em bloco ou arterial,
faltam estudos morfológicos sobre os efeitos desta técnica
de isquemia quente. O objetivo do presente estudo foi avaliar em porcos
a função renal, através de testes funcionais, realizar
análise estereológica após isquemia quente por
clampeamento arterial seletivo (ramo caudal da artéria renal)
e comparar com os resultados obtidos após oclusão arteriovenosa
ou artérial isolada. Trinta e dois animais divididos aleatoriamente
em quatro grupos (com oito animais em cada grupo) foram utilizados no
estudo. O grupo Sham foi submetido a pneumoperitônio exclusivo;
o grupo AV ao clampeamento da artéria e veia renal esquerda;
o grupo A ao pinçamento da artéria renal isolada e o grupo
S a oclusão do ramo caudal da artéria renal esquerda.
Para todos os grupos, os rins foram submetidos a 30 minutos de isquemia
quente por uma abordagem laparoscópica. O rim direito não
foi manipulado durante o experimento e foi usado como controle. Os animais
foram sacrificados após
21 dias e os rins removidos. Os fragmentos renais foram processadas
para avaliação estereológica morfométrica.
O volume glomerular médio (VGM), a densidade volumétrica
glomerular (Vv [glom]), a relação córtico-medular,
a densidade glomerular e o número de glomérulos foram
avaliados. O níveis séricos de creatinina e ureia foram
mensurados no pré-operatório, 10 dias após a cirurgia
e antes da eutanásia. Não foi encontrada diferença
para análise estereológica entre os rins controles e os
rins direitos. O clampeamento arterial ou seletivo durante 30 minutos
não causou dano glomerular, enquanto a oclusão em bloco
para o mesmo tempo provocou uma diminuição significativa
na densidade glomerular no modelo suíno. Por outro lado, o clampeamento
seletivo quando comparado com a oclusão arterial não apresentou
qualquer diferença. Não houve diferença significativa
nos níveis séricos de creatinina e ureia nos diferentes
momentos do experimento. Com base neste estudo com modelo suíno,
técnicas de clampeamento arterial ou seletivo devem ser preferidos
em relação ao pinçamento em bloco, especialmente
quando são esperados longos tempos de isquemia. Por outro lado,
no presente estudo, a técnica de clampeamento arterial seletiva
não foi menos prejudicial que a oclusão da artéria
renal isolada.
Palavras-chaves: Nefrectomia parcial, laparoscopia,
isquemia quente, clampeamento, vascular.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Prof.
Dr. Luciano Alves Favorito
BANCA
Presidente:
Prof.
Dr. Francisco J. B. Sampaio
Membros
Titulares:
Dr. Waldemar Silva Costa - UERJ
Dr. Luciano Alves Favorito - UERJ
Dr. Marco Aurélio Pereira Sampaio - UFF
Dr. Gustavo Peixoto Soares Miguel - UFES
Dr. Maurício Gonçalves Rubinstein - UNIRIO
Membros
Suplentes:
Dra. Bianca Martins Gregório - UERJ
Dr. Maurício Alves Chagas - UFF
Dr. Marcelo Abidu Figueiredo - UFRRJ