Data:
23/08/2017
Local:
Anfiteatro
Rolando Monteiro - Faculdade de Ciências Médicas - Centro
Biomédico - UERJ
Horário - 15h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - DOUTORADO
Área
de Concentração: Técnica
Operatória e Cirurgia Experimental
LINHA
DE PESQUISA: ANÁLISE
MORFOLÓGICA, FUNCIONAL, ESTRUTURAL E ESTÉTICA, EM HUMANOS
E EM ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO, SUBMETIDOS A IMPLANTE
DE PRÓTESES DE DIFERENTES TIPOS E A CIRURGIAS REPARADORES
“Fixação Magnética Transcutânea:
Estudo experimental em suínos”
Orientador:
Prof. Dr. Ruy Garcia Marques e Coorientador:
Prof. Dr. Fernando Serra-Guimarães
RESUMO
Os implantes magnéticos subdérmicos nunca foram pesquisados
no contexto da fixação magnética de um dispositivo
externo à superfície do corpo. A força atrativa
excessiva entre o implante e o dispositivo externo pode comprometer
a circulação local devido à compressão mecânica,
levando a isquemia e necrose tecidual. O objetivo do trabalho foi avaliar
a viabilidade da Fixação Magnética Transcutânea
(FMT) e também estudar as alterações secundárias
da pele quando submetida a um campo magnético estático
contínuo. O método empregado envolveu dois experimentos
com suínos. No primeiro, foram introduzidos 30 implantes magnéticos
subcutâneos (n=30) em 2 porcos. Após a cicatrização,
foram aplicados sobre a pele ímãs externos com forças
magnéticas variadas, gerando compressão. A circulação
cutânea da pele submetida à compressão foi avaliada
utilizando a técnica Laser Speckle contrast Imaging. A profundidade
dos implantes foi medida por ultra-sonografia e simulações
computacionais foram aplicadas para o cálculo dos diferentes
valores de pressão, considerando-se as variadas distâncias
entre as peças magnéticas. No segundo experimento, foram
implantados 72 implantes em 12 porcos. Após a cicatrização
de feridas, a ultra-sonografia foi realizada para medir a profundidade
do implante. Foram aplicadas simulações computacionais
para permitir a fixação magnética entre os implantes
e dispositivos externos sem prejudicar o fluxo sanguíneo local.
Dispositivos externos de diferentes forças magnéticas
foram aplicados sobre a pele por 7 dias. A pele local foi examinada
e coletada para análise histopatológica. Um dermatopatologista
sénior examinou cegamente espécimes de pele e controles
para achados anormais, medindo a espessura dérmica e epidérmica.
Uma análise estatística foi realizada com os dados coletados
(p<0,05). Como resultado do primeiro experimento, dois modelos de
regressão linear mostraram uma correlação inversa
entre pressão exercida e perfusão cutânea (p = 0,0036
e 0,0004), com variação significativa principalmente nos
acréscimos iniciais de pressão até 20 mmHg. No
segundo experimento, os ímãs mais fortes apresentaram
associação com um aumento na espessura dérmica
(p = 0,011) e neovascularização (p = 0,045). Como conclusão,
a FMT mostrou ser compatível com a viabilidade da pele in vivo,
em condições experimentais. A interposição
da pele viva entre dois ímãs permanentes resultou em uma
estimulação contínua por campo magnético
estático, cujos efeitos foram similares aos dos campos eletromagnéticos
pulsados relatados na literatura científica.
Palavras-chaves: Implantes
Experimentais. Ímãs. Pele. Microcirculação.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Dra.
Ana Claudia Weck Roxo
BANCA
Presidente:
Dr. José Horácio da Costa Aboudib (UERJ)
Membros
Titulares:
Dr. José Horácio da Costa Aboudib (UERJ)
Dra. Ana Claúdia Weck Roxo (UERJ)
Dr. Eduardo Haruo Saito
(UERJ)
Dr. Alberto Schanaider (UFRJ)
Dr. Andy Petroianu (UFMG)
Membros
Suplentes:
Dra.
Maria Lídia de Abreu Silva (UERJ)
Dr. Diogo
Benchimol de Souza (UERJ)