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Data: 07/02/2018
Local: Auditório 477, 4º andar - Hospital Universitário Pedro Ernesto
- HUPE
Horário - 16 h

DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO

Área de Concentração: Técnica Operatória e Cirurgia Experimental

LINHA DE PESQUISA: ANÁLISE MORFOLÓGICA, FUNCIONAL, ESTRUTURAL E ESTÉTICA, EM HUMANOS E EM ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO, SUBMETIDOS A IMPLANTE DE PRÓTESES DE DIFERENTES TIPOS E A CIRÚRGIAS REPARADORES

CARLOS WECK ROXO

e-mail: carloswroxo@hotmail.com

" EFEITO DA SUTURA REVESTIDA POR TRICLOSAN SOBRE A TAXA DE COMPLICAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA E COLONIZAÇÃO BACTERIANA EM PACIENTES SUBMETIDAS À MAMOPLASTIA DE AUMENTO"
Orientador: Prof. Dr. Jose Horácio Aboudib Jr. e Coorientador: Profa. Dra. Ana Claudia Weck Roxo

Dissertação

RESUMO

A infecção do sítio cirúrgico (ISC) é uma complicação pós-operatória frequente, que acarreta morbidade e atraso na recuperação do paciente. A mamoplastia de aumento é a cirurgia plástica mais realizada no Brasil e apesar da taxa de ISC ser baixa, as consequências podem ser graves. O fio de sutura exerce um papel importante na ISC, uma vez que constitui local de aderência para os micro-organismos adentrarem na ferida. Com o objetivo de reduzir a taxa de ISC, foram introduzidos no mercado os fios de sutura denominados Plus, que são revestidos por triclosan, um antisséptico de largo espectro. Porém há muitas divergências sobre a efetividade do fio Plus na redução da taxa de ISC e uma preocupação com as taxas de complicação da ferida operatória, com o aumento da inflamação e alergia cutânea, além da possibilidade de alterar a flora bacteriana da ferida. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da sutura revestida por triclosan sobre a taxa de complicação da ferida operatória e colonização bacteriana em pacientes submetidas à mamoplastia de aumento. A amostra foi composta de 103 pacientes, com indicação de mamoplastia de aumento pela via inframamária. As 206 incisões (2 por paciente) foram randomizadas, alterando a lateralidade em que foi utilizado o fio monocryl Plus. Na incisão controle foi utilizado o monocryl comum. As pacientes foram avaliadas no pós operatório, por cirurgiões que desconheciam a localização dos fios, em relação a complicação da ferida operatória e sinais de inflamação da ferida. As pacientes, que também desconheciam a localização dos fios, avaliaram as suas próprias feridas em relação a parâmetros alérgicos e inflamatórios: eritema, prurido e secreção. Foi colhido um swab pré e outro pós-operatório (7 dias), no sulco mamário, para avaliar o tipo de bactéria presente e a sensibilidade aos antibióticos. Cem pacientes completaram o estudo. Em relação a avaliação das complicações da ferida operatória 22% tiveram complicações, sendo 19% do grupo do fio Plus e 3% do grupo controle. Ocorreu 2% de infecção no estudo, somente no lado do fio Plus. Em um caso do grupo fio Plus ocorreu a formação de uma cicatriz grosseira, instável e com ulcerações, que após 3 meses da cirurgia necessitou ser ressecada. Não houve diferença na colonização bacteriana e resistência aos antibióticos entre os grupos. Na avaliação da ferida pela paciente, houve uma percepção três vezes maior de eritema e prurido e duas vezes maior da secreção no lado do fio Plus em relação ao controle. Concluímos que o fio monocryl Plus apresentou maiores taxas de complicação da ferida operatória e também foi associado a maior reação inflamatória e alérgica da ferida operatória. Não foi observado redução da taxa de infecção do sítio cirúrgico com o fio Plus. Não houve diferença na colonização e resistência bacteriana entre os dois fios.

Palavras-chaves: Triclosan. Fio Plus. Mamoplastia de aumento. Infecção de ferida operatória. Colonização da ferida.

AVALIADOR PRÉVIO:

Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)

BANCA

Presidente: Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)

Membros Titulares:

Dr. Fernando Serra Guimarães - UERJ
Dr. Diogo Benchimol de Souza - UERJ
Dr. Roberto Sebastiá Peixoto - UFF

Membros Suplentes:

Dra. Bianca Martins Gregório - UERJ

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