Data:
06/06/2018
Local:
Auditório 477, 4º andar - Hospital Universitário
Pedro Ernesto
- HUPE
Horário:- 16 h
DEFESA PG-FISIOCIRURGIA - MESTRADO
Área
de Concentração: Sistema Urogenital
LINHA
DE PESQUISA: ANÁLISE ESTRUTURAL E ULTRA-ESTRUTURAL DOS
ÓRGÃOS DO SISTEMA UROGENITAL EM SITUAÇÕES
NORMAL E PATOLÓGICA, EM HUMANOS, FETOS, E ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO
Dissertação
RESUMO
A
síndrome de Prune Belly é uma desordem caracterizada pela
deficiência dos músculos da parede abdominal, malformações
do trato urinário e criptorquia bilateral. O objetivo deste trabalho
é a avaliação estrutural da bexiga de fetos com
síndrome de Prune Belly (SPB). Foram estudadas três bexigas
de fetos masculinos com esta síndrome e sete bexigas de fetos
sem esta anomalia. A idade gestacional dos fetos foi determinada em
semanas pós-concepção (SPC), de acordo com o critério
do comprimento do maior pé. Após estas medidas, os fetos
foram cuidadosamente dissecados com magnificação de 16/25x.
O abdome e a pelve fetal foram dissecados para a identificação
do trato urogenital. A bexiga e a próstata foram separados das
outras estruturas e fixados em formalina tamponada 10 %. Realizou-se
processamento histológico de rotina para inclusão em parafina
e, em seguida, foram feitos cortes de 5 µm de espessura com intervalo
de 200 µm entre cada um deles. Os cortes foram corados com hematoxilina-eosina
para verificar a integridade do material. Foi utilizado o Tricrômico
de Masson para quantificar o tecido conjuntivo e o tecido muscular;
Resorcina Fucsina de Weigert com prévia oxidação
para observação das fibras do sistema elástico;
e Vermelho de Picro-Sirius com polarização para observação
dos diferentes tipos de colágeno. O tecido muscular, o tecido
conjuntivo e as fibras do sistema elástico foram quantificadas
por método estereológico. Imunostoquímica com tubulina
(tubulina beta lll, anticorpo monoclonal de rato) foi realizada para
avaliação dos nervos da bexiga. As imagens foram capturadas
com a utilização do microscópio Olympus BX51 e
da câmera Olympus DP70. As imagens, em seguida, eram transferidas
para o software Image Pro. As fibras foram quantificadas com a utilização
do software Image J (versão 1.34s; National Institute of Health,
Bethesda, MD) para a determinação da densidade volumétrica
(Vv) de cada componente. As médias foram estatisticamente comparadas
utilizados os testes T não pareado e o Mann-Whitney test. O teste
de Wilcoxon foi usado para as variáveis continuas. O valor de
p<0.05 foi considerado estatisticamente significativo. Os fetos com
síndrome de Prune Belly tinham idade entre 17 e 31 SPC, pesavam
entre 240 e 2150 g e tinham o CVC entre 18 e 43 cm. Os fetos do grupo
controle tinham idade entre 12 e 35 SPC, pesavam entre 210 e 2860 g
e tinham o CVC entre 18 e 34 cm. A análise quantitativa demonstrou
que o tecido muscular era significativamente menor (p=0.04) nos fetos
com síndrome de Prune Belly (9.67% a 17.75%, média=13.2%)
quando comparado com o grupo controle (13.33% a 26.56%, média=17.43%).
A análise qualitativa do colágeno demonstrou a predominância
da coloração verde no grupo controle, sugerindo a presença
de colágeno tipo 3 e a predominância de vermelha nos fetos
com síndrome de Prune Belly, sugerindo a predominância
de colágeno tipo 1 neste grupo. A análise qualitativa
dos nervos com imunohistoquímica com tubulina demonstraram a
predominância de nervos no grupo controle quando comparado com
os fetos com síndrome de Prune Belly. A bexiga dos fetos com
síndrome de Prune Belly tem uma concentração menor
de fibras musculares lisas, colágeno tipo 3 e nervos. A alteração
estrutural pode ser um dos fatores envolvidos na anomalia do trato urinário
tais como a bexiga de grande capacidade nos pacientes com esta síndrome.
Palavras-chaves: Bexiga. Síndrome de Prune Belly.
Histologia.
AVALIADOR
PRÉVIO:
Prof.
Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)
BANCA
Presidente:
Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)
Membros
Titulares:
Dr. Francisco José Barcellos Sampaio (UERJ)
Dr. Waldemar Silva Costa (UERJ)
Dr. Valter Javaroni (Hospital Geral de Bonsucesso)
Dr. João Paulo Martins de Carvalho (Hospital Federal Cardoso
Fontes)
Dr. Nicolino Cesar Rosito (UFRGS)
Membros
Suplentes:
Dra. Carla Braga Mano Gallo (UERJ)
Dr. Marco Aurélio Pereira Sampaio (UFF)
Dr. Marcelo Abidu Figueiredo (UFRRJ)